A TARDE CHORA!
A tarde chora...
Ao ver, dura lama,
Onde havia um belo lago,
Peixes coloridos, ali, nadavam.
A tarde chora...
Ao ver o deserto, árido,
Onde havia bela floresta,
Pássaros, em harmonia, cantavam.
A tarde chora...
Ao ver tombar, arvore,
Centenária, que é arrastada,
Destroçada, aos pedaços.
A tarde chora...
Ao ver a neblina, da queimada,
Relva transformada, em turva fumaça,
Animais que fogem desesperados, desabrigados.
A tarde chora...
E implora pela escassa chuva
Outrora, água em fartura,
Hoje a vida, transformada, em simples pó.
A tarde chora...
A falta do rio, a nascente,
Que vertia da montanha,
Água gelada, doce, que saciava a sede.
A tarde chora...
Ao ver o céu negro, turvo,
Tímidos raios de sol se escondem,
Por trás das nuvens, poluídas, das grandes cidades.
A tarde chora...
A falta da vida, que existia em abundância,
Nos rios, campos, florestas e cidades,
Chora o planeta terra o socorro que chega tarde!
Ronaldo Balbacch
São Paulo – SP, 25 de julho de 2011